Pela 1ª vez em 3 anos Copom reduz taxa Selic
Na última quarta-feira (2), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros do mercado, a Selic. A taxa ficou quase um ano no patamar de 13,75%, agora está em 13,25% ao ano, com indicativo de manutenção dos cortes nas próximas reuniões.
Foi o primeiro corte de juros em três anos. A queda mais recente ocorreu em agosto de 2020, no auge da pandemia de Covid-19, quando a taxa caiu de 2,5% ao ano para 2%.
Segundo Diego Amaral, advogado especialista em direito imobiliário, e diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OAB, a redução da taxa tem um reflexo direto no mercado imobiliário, principalmente para financiamentos imobiliários, “Pela primeira vez a Selic diminuiu, depois de repetir sete vezes esse mesmo índice de 13,75%, essa baixa na taxa já era esperada”, explica.
O que é a Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da economia. A taxa é a principal ferramenta de política monetária utilizada pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Afeta todas as taxas de juros do país, como empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
“A taxa Selic, sobe e desce de acordo com a inflação e afeta todas as taxas de juros no Brasil, como as cobradas em empréstimos, inclusive as taxas de financiamento imobiliário. E, quando se trata de casa própria, qualquer variação para cima ou para baixa na taxa pode ser a diferença entre a realização de um sonho e a inadimplência”, explica o advogado.
Qual o impacto da taxa Selic no financiamento imobiliário?
O principal impacto da queda da taxa nos financiamentos imobiliários é a redução dos juros cobrados pelas instituições financeiras. Ela pode ser utilizada como referência para diversas operações de crédito no país, inclusive para financiamentos imobiliários. Portanto, quando cai, os bancos também diminuem a taxa para se manterem competitivos no mercado.
Torna os empréstimos mais atrativos para potenciais compradores, pois os custos de financiamento ficam mais acessíveis, estimulando a demanda por crédito para a compra de imóveis. Com isso, o mercado imobiliário tende a se aquecer, impulsionando a construção civil e as vendas de imóveis.
Outro fator importante a ser destacado é que também impactará positivamente o valor das parcelas de financiamentos imobiliários. Com a diminuição das taxas de juros, as parcelas também podem ser reduzidas, tornando o pagamento das parcelas mais tranquilo e a vida mais fácil para os compradores.
