Cidades

Como é possível amortizar até 80% da parcela no financiamento do imóvel

O primeiro imóvel é o sonho de muitas pessoas, no Brasil quem deseja comprar uma propriedade pode recorrer a financiamentos concedidos por instituições bancárias. Porém, dependendo do valor e da condição do contratante, pode demorar mais de 30 anos para quitar esse valor e, quanto mais demorar, mais juros serão pagos no final do contrato.

Como forma de auxílio nesse processo, a amortização de dívidas surgiu como uma alternativa interessante para reduzir as parcelas mensais e acelerar o pagamento da totalidade do imóvel. Na prática, a amortização envolve a redução da dívida por meio de pagamentos parciais ou graduais acordados entre o contratante e a instituição bancária.

De acordo com Diego Amaral, advogado especialista em direito imobiliário e Diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OAB, o objetivo deste mecanismo é ‘pagar antecipadamente e reduzir os juros futuros’. “Essa é sempre uma boa opção porque além de quitar a dívida ou parte dela, você pode deixar de pagar juros. Principalmente para empréstimos com juros compostos, que têm uma média de 10 a 12 por cento ao ano para contratos dos últimos três anos. Então, você acaba pagando de duas a três vezes o valor do bem que financia, dependendo da taxa de juros do contrato”, explica.

É possível escolher a amortização no prazo ou no valor da prestação mensal. Ele ainda explica que para escolher a melhor forma de pagamento é preciso considerar a situação atual do devedor. Nesse caso, um critério importante diz respeito ao valor fornecido pelo contratante, como se há recursos próprios ou Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) suficientes para a aplicação.

Vale destacar que os dois tipos de amortização podem ser feitos com o uso de recursos próprios e o FGTS, em alguns casos. Ainda conforme o especialista, o contratante deve analisar as condições do próprio banco.

Se o percentual de redução for elevado, a amortização pode ser uma opção vantajosa. Sendo assim, o valor da parcela ou prazo pode ser amortizado em até 80%. No entanto, o advogado ressalta que essa opção só está disponível quando há utilização do FGTS e durante 12 meses.

Legislação

Diego ressalta que as atividades financeiras desenvolvidas pelas instituições bancárias são regulamentadas por lei e fiscalizadas pelo Banco Central (BC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou outras instituições de controle do governo.

Quando se trata de amortização, o Brasil possui uma lei específica para isso, a Lei nº 8.692, de 28 de julho de 1993, adota algumas regras gerais que definem o cronograma de reajuste de mensalidades e saldos devedores nos contratos de financiamento habitacional no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação.

Por outro lado, mesmo que exista legislação, as condições podem variar conforme o regimento das instituições financeiras, contrato ou mesmo do contratante e das circunstâncias do imóvel.

Os sistemas mais comuns usados nos financiamentos imobiliários são: tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) ou tabela Price, como é chamado o Sistema de Amortização Francês. Quais as principais diferenças entre as duas:

●     Tabela SAC: mais comum em financiamento de imóveis, as primeiras parcelas do contrato são maiores e vão diminuindo com o passar dos anos, porque os juros são calculados sobre o saldo devedor;

●     Tabela Price: o valor de todas as parcelas é igual, com a taxa de juros igual do começo ao fim.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *