Papa Francisco morre aos 88 anos: o legado do pontífice que marcou uma era
Primeiro papa sul-americano e jesuíta da história da Igreja Católica
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013, faleceu na manhã da segunda-feira, 21 de abril, aos 88 anos, no Vaticano. A informação foi confirmada oficialmente pela Santa Sé por meio de um comunicado divulgado à imprensa.
Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, Argentina, foi o primeiro papa latino-americano e também o primeiro jesuíta a assumir o trono de Pedro. Ao longo de seu pontificado, ficou conhecido por seu estilo simples, sua defesa dos mais pobres e vulneráveis, e por promover uma Igreja mais aberta, dialogando com temas contemporâneos como meio ambiente, imigração, desigualdade social e questões LGBTQIA+.
A causa da morte ainda não foi divulgada oficialmente, mas o Papa já enfrentava problemas de saúde nos últimos anos, incluindo uma cirurgia no cólon em 2021 e dificuldades de mobilidade que o levaram ao uso frequente de cadeira de rodas.
Um pontificado histórico
A eleição de Francisco em 13 de março de 2013 representou uma mudança significativa nos rumos da Igreja Católica. Após a renúncia de Bento XVI — um ato inédito em séculos — Bergoglio assumiu com o desafio de renovar a imagem da Igreja e lidar com escândalos internos, especialmente relacionados a abusos sexuais cometidos por membros do clero.
Ao longo de seu pontificado, o Papa Francisco conquistou milhões com sua postura acessível, seu olhar voltado para as periferias e suas constantes mensagens de paz e fraternidade. Foi também durante seu papado que se publicou a encíclica Laudato Si’, um forte apelo global à consciência ambiental.
Em várias ocasiões, Francisco defendeu uma “Igreja em saída”, menos centrada em dogmas e mais voltada à misericórdia. Sua liderança foi marcada por gestos simbólicos, como lavar os pés de detentos em prisões, encontros com refugiados e sua presença constante nas redes sociais como forma de se aproximar das novas gerações.
Legado
O Papa Francisco deixa um legado de humanidade, empatia e coragem. Seu pontificado foi, para muitos, um alento em tempos de polarização e crises humanitárias, lembrando constantemente que a Igreja deve ser um “hospital de campanha” para os feridos do mundo.
Seu nome, escolhido em homenagem a São Francisco de Assis, reflete sua missão: promover uma Igreja pobre para os pobres, comprometida com a justiça social e com os valores do Evangelho vividos no cotidiano.