Agir como sujeito ou como zumbi?
O verdadeiro ser humano é um sujeito que faz escolhas durante a vida e se responsabiliza por elas. E olha que esse é raro encontrar…
A maioria é zumbi que anda por aí seguindo o fluxo do “deixa a vida me levar”, vitimizando-se ou reagindo exageradamente aos revezes do caminho.
É curioso como os paradoxos nos auxiliam a entender melhor as situações. Freud chamou a atenção sobre as palavras antitéticas, observando que, para entender melhor sobre algo, é essencial analisar seu contrário.
Na atualidade, por convivermos tanto com zumbis, chegamos a nos tornar um deles, normalizamos a anomalia e eis que, de vez em quando, cruzamos no nosso caminho com um sujeito. Opa! Levamos um susto! O sujeito é um ser livre, feliz quando é possível, vulnerável também, elaborando as perdas inevitáveis do caminho que é viver.
Para aqueles que estão atentos, encontrar um sujeito é abrir um mar de possibilidades – afinal se ele conseguiu, eu também posso conseguir sair do torpor da normalidade! E, por que não dizer? Da vitimização ou da reação excessiva.
Sejamos lúcidos: a vida é feita de escolhas.
Todos os dias escolhemos ser sujeitos, nos responsabilizando por nossas atitudes ou zumbis, seguindo o fluxo “inexorável” da vida. Talvez por isso as séries de zumbis fazem tanto sucesso entre o público: há uma identificação da qual as pessoas sequer se dão conta!
Todos os dias pela manhã podemos consultar nossa agenda, analisar os compromissos assumidos e as habilidades que nos serão exigidas perante cada um deles. Agir como sujeito ou zumbi diante de cada situação é uma escolha e, é claro que, em determinadas ocasiões posso escolher ser zumbi para seguir o fluxo que me interessa economizando minha energia como sujeito.