Saúde

Pesquisa revela que qualidade do sono é mais importante que a quantidade de tempo dormido; entenda

Que dormir é uma função essencial para o funcionamento do corpo e da mente, praticamente todo mundo sabe. Mesmo assim, o sono continua sendo subestimado por muitas pessoas e acaba colocado como uma “atividade” de perda de tempo que não merece atenção, e pesquisas mostraram que, no Brasil, 60% a 70% da população acaba não priorizando isso, tendo problemas à noite. Acontece que dormir é uma necessidade fisiológica e uma oportunidade de melhorar a capacidade do organismo de reagir frente a situações internas e externas.

 

Uma outra pesquisa recente, inclusive, revelou que a qualidade do sono é tão importante quanto as horas dormidas. Em março deste ano, a revista “Plus One” publicou um estudo que analisou os efeitos de variáveis do sono nos participantes ao longo de dois anos e descobriu que a qualidade do sono era um contribuinte maior para a qualidade de vida do que as outras variáveis.

 

Por exemplo, havia participantes que dormiam mais de 8 horas por dia, mas não se alimentavam bem e também acabavam dormindo em horários diferentes a cada dia e isso interferia nas atividades que precisavam ser feitas para a pesquisa. Enquanto isso, quem dormia de 7 a 8 horas por dia, mas em horários padrões, tinha mais facilidade em realizar os testes.

 

Por isso, o médico nutrólogo e intensivista, José Israel Sanchez Robles, lembra que a quantidade de horas corretas para se dormir continua sendo essencial. “Para um adulto saudável, o ideal é de 7 a 8 horas de sono por dia”, diz ele que, explica sobre os benefícios de dormir bem, com qualidade e suficiente.

 

“Boas noites de sono melhoram a saúde mental, reduzindo o estresse, a ansiedade e até a depressão, aumentando a energia pois o corpo recupera a energia melhorando a produtividade, o foco, a memória e, consequentemente, o aprendizado. Quando se acorda após uma boa noite de sono, os pensamentos são  mais claros, é mais fácil fazer a manutenção do peso, se adoece com menos frequência e há menor risco de desenvolver problemas graves de saúde e, claro, melhora a convivência com pessoas”, pontua o médico.

 

Tudo isso tem haver com os hormônios que regulam o apetite e o metabolismo, lembra Dr José Israel. “Hoje nós sabemos que várias doenças crônicas se iniciam, se perpetuam e se mantém por falta de sono, como doenças cardíacas, diabetes e derrames cerebrais”, reforça.

 

Mas afinal, o que é preciso para dormir bem? O especialista lembra que a chamada “higiene do sono”, deve ser levada em consideração pois estabelecer rotinas, como ir para cama no mesmo horário todos os dias, ou no máximo de dias possíveis, ajudando a regular o relógio biológico e melhorando desta forma a qualidade do sono.

 

“Estimulantes como a cafeína, álcool, nicotina deveriam ser evitados antes de dormir, assim como é recomendado desligar os eletrônicos, telefones, luzes e outros dispositivos que possam vir a  atrapalhar o sono. Atividades relaxantes como ouvir música, tomar banho, ler um livro, podem ajudar em alguns casos na preparação para dormir”, cita José Israel.

 

Por fim, o médico sugere que, “se a pessoa não consegue dormir bem de jeito nenhum, mesmo tentando ao máximo manter uma rotina saudável,  é importante uma avaliação médica, para identificar o motivo da alteração de sono e definir qual a melhor conduta a ser tomada. Muitas vezes é melhor usar algum tipo de medicamentos para dormir, do que não dormir e começar a padecer de doenças que poderiam ser evitadas se o sono acontecesse”.

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