Cidades

Registro Civil revela que Goiânia tem média de 442 órfãos por ano, desde 2021

Levantamento realizado pela Arpen Goiás aponta que só neste ano de 2024, 434 crianças ficaram órfãs de pai e mãe

Um levantamento realizado pelos Cartórios de Registro Civil de Goiás aponta que em Goiânia, anualmente, 442 crianças e adolescentes com até 17 anos ficam órfãos de pelo menos um dos pais. Estes dados, pela primeira vez reunidos em nível estadual, revelam que em 2021 a Covid-19 foi responsável por quase um terço dos casos de orfandade na cidade, resultando em 206 crianças que perderam seus pais para a doença, em um total de 508 órfãos. Neste ano de 2024, até o mês de novembro, 434 crianças ficaram órfãs de pai e mãe.

A pesquisa abrange o intervalo de 2021 a 2024, possibilitando o cruzamento das informações dos CPFs dos pais registrados em atestados de óbito com os registros de nascimento de seus filhos, permitindo a verificação precisa do número de órfãos no Brasil a cada ano.

Segundo Bruno Quintiliano, conselheiro da Arpen Goiás, vice-presidente da Arpen Brasil e tabelião do cartório que leva seu nome em Aparecida de Goiânia, antes da metade de 2019, não havia a exigência de incluir o CPF dos pais nos registros de nascimento, o que dificultava a correlação exata entre os registros, uma situação que se estabeleceu a partir de 2021.

Ele explica que essa estatística começou a ser feita agora, com base em todos os dados recebidos pela Arpen Goiás e Arpen Brasil, que concentrou na Central de Informação do Registro Civil (CRC).

“Desde 2015 que recebemos e concentramos esses dados, mas só foi possível realizar essas estatísticas agora, com base no ano de 2019, até este ano. Em que foi constatado de forma obrigatória nos registros de nascimento o CPF dos pais, para que com o batimento com a certidão de óbito possa chegar então dentro desses números”, explica.

Para os interessados em acessar esses dados, basta acessar o site www.transparencia.registrocivil.org.br.

“Os óbitos são mandados de forma on-line para a nossa central, lá nós temos a base. Para a consulta pública, nós temos o Portal da Transparência, em que podemos pegar não só essa estatística, como outras que estão ali também”, finaliza.

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