Cidades

Goiânia teve um acréscimo de 18,10% nos preços de aluguel

Capital ultrapassa significativamente a média nacional, que ficou em 14,9%

A capital goiana registrou um aumento de 18,10% nos preços de aluguel residencial, de acordo com um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo Zap +, que analisa dados do mercado imobiliário.

A disparada nos preços de aluguel em Goiânia ultrapassa significativamente a média nacional, que ficou em 14,9%, bem acima da inflação do país deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 4,24%. No ranking geral das  36 cidades avaliadas, Campo Grande liderou com um aumento de (+34,21%), em seguida de Aracaju (+29,07%), Porto Alegre (+23,61%), Salvador (+23,55%) e Curitiba (+18,19%). 

Segundo Diego Amaral, advogado especialista em direito imobiliário e diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OAB, Goiânia ainda tem um preço do metro quadrado baixo, que hoje se resulta em (R$ 38,81/m²), quando comparado com outras cidades, e que a capital ainda tem espaço para crescimento do setor imobiliário.

“Se comparado a outras capitais como por exemplo Vitória, Maceió, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, Goiânia ainda tem um preço de metro quadrado mais baixo do que essas capitais”, destaca.

Ele explica que o aumento do preço dos insumos da construção civil para os novos empreendimentos depois de prontos, acabam repercutindo na locação de imóveis. “Goiânia teve um aumento no valor médio do metro quadrado para novos lançamentos hoje a média do metro quadrado de Goiânia como um todo, supera a casa dos oito mil reais, e chegando em empreendimento de alto padrão com lançamentos na casa de 17 de 18 mil reais o valor do metro quadrado e isso naturalmente se descarrega em toda cadeia”, explica. “Exemplo disso são os empreendimentos que buscam locação, principalmente em regiões de que o alto padrão está em ascensão”, continua.

O levantamento do FipeZap mede o preço dos imóveis usados, ou seja, aqueles que não estão com as incorporadoras. Diego pontua dois fatores que levaram a esse aumento são: mercado aquecido e aumento dos custos de construção pós-pandemia. “Uma vez que os imóveis novos ficam mais valorizados, os imóveis usados também ficam mais caros”, continua.

Fatores que explicam a escalada de preços

●     A alta demanda de novos imóveis, que fez com que as pessoas passassem a adquirir imóveis na planta;

●     Vários novos lançamentos de empreendimentos imobiliários, novos produtos, o que faz com que haja um aumento do valor do metro quadrado nas cidades tendo em vista a procura por empreendimentos;

●     Derivação do desenvolvimento imobiliário que o mercado vem vivendo nos últimos três anos;

●     Recomposição de preços após negociação na pandemia;

●     Variação dos indexadores de aluguel;

●     Maior procura por imóveis bem localizados para locação.

Para o ano de 2024, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação continue crescendo. “A tendência é aumentar ainda mais os valores do metro quadrado de Goiânia, a gente tá vivendo ainda um boom imobiliário numa crescente natural do mercado, com muitos empreendimentos e lançamentos imobiliários” finaliza o advogado.

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