Entenda como funciona o planejamento sucessório
Quando você perde um ente querido, pode ser muito difícil falar sobre dinheiro, distribuição de bens, tutela dos filhos e outros direitos de seus herdeiros. Por isso, é importante considerar essas questões desde cedo, e o planejamento sucessório é a melhor forma de organizar a vida financeira e pessoal da família e de quaisquer outros beneficiários.
Em termos gerais, o termo sucessão refere-se ao ato de uma pessoa ocupar o lugar de outra, substituindo a propriedade de determinados bens. O sucessor é aquele que desenvolveu as habilidades de um bom gestor e por isso conquista o mérito da sucessão. Essas habilidades são desenvolvidas através da busca de conhecimento técnico e de relacionamento pessoal e interpessoal.
Infelizmente, boa parte das empresas familiares não dão importância a um planejamento sucessório, ou seja, ações prévias para uma sucessão eficiente. Assim, aumentam os riscos de equívocos em momentos de incertezas e de instabilidade.
“No caso dos bens, o planejamento sucessório é uma forma de reduzir os custos que afetam a herança, como os impostos. Além disso, ao esclarecer os desejos do falecido e seus herdeiros, há grandes possibilidades de que sejam reduzidos os desentendimentos entre familiares por disputas patrimoniais”, destaca Melina Lobo, conselheira de administração e advogada.
Mas há outros aspectos importantes que não envolvem diretamente o patrimônio, como os relacionados à gestão da empresa (definindo quem assumirá o negócio) ou mesmo à guarda dos filhos.
Por isso, é importante deixar de lado o medo de gerar um conflito entre os membros da família e se preparar para a sucessão familiar. O despreparo resulta em dificuldade, e lidar com o assunto de forma aberta e estratégica evita problemas futuros. Ao alinhar as expectativas, a preparação de todos será feita da melhor forma possível para que a propriedade continue firme e gerando lucros. O processo leva tempo e necessita de dedicação.
“Quando se fala em planejamento sucessório, geralmente se aborda o desenvolvimento das habilidades necessárias para ser um bom gestor e assim suceder na função. No entanto, esse é apenas um dos aspectos do planejamento sucessório, pois como costumo orientar às famílias empresárias, entre o 8 e o 80 há diversas possibilidades e a melhor delas é aquela que se adapta bem à cultura e aos valores da família e da empresa”, explica Melina.