Dona Jacques: De camareira a fenômeno na internet
Nascida em Goiânia e criada em Hidrolândia, Estela Cristina Oliveira do Carmo, conhecida como Dona Jacques, bomba nas redes sociais ao demonstrar o estilo de vida simples. Com conteúdo voltado para o campo, meio ambiente, animais, cultura e em defesa da mulher, ela ressalta aspectos marcantes da maioria das mães brasileiras. Com muito humor e criatividade, a mulher de 50 anos já realizou aberturas de shows em cidades de Goiás e acumula mais de 190 mil seguidores no Instagram.
Fenômeno na internet atualmente, a mãe do também humorista Jacques Vanier, já viveu trancos e barrancos para ajudar o único filho a se formar em Engenharia Civil e tentar garantir uma vida confortável a ele. Dona Jacques já trabalhou como arrumadeira em uma loja de ração em Hidrolândia, fez bicos lavando roupas quando morou em Caldas Novas e atuou como camareira em um hotel de Goiânia por cerca de cinco anos.
“Quando vim para Goiânia, o Jacques já tinha uns 14 anos. Aqui, ele estudou em colégio público. Depois prestou vestibular e passou para Arquitetura e Técnico de Edifícios no Instituto Federal de Goiás (IFG). No dia que fomos fazer a matrícula, ele me falou que queria fazer Engenharia Civil. Na hora eu nem acreditei, porque foi uma dificuldade para chegar até lá, mas mãe é mãe. Perguntei o que precisava e ele disse que tinha que fazer um cursinho. Era muito caro e o que ganhava não dava para cobrir, mas matriculei ele”, relembra Dona Jacques.
“Precisei fazer alguns sacrifícios, parcelei em várias vezes e consegui pagar. Ele passou em engenharia em uma universidade de Anápolis, ficou seis meses e prestou vestibular mais uma vez para tentar entrar na Federal, só que ele passou na PUC com bolsa integral e se formou lá. Todo o transporte e o que ele precisava foi pago com meu salário de camareira”, complementou.
Antes de ir para a capital de Goiás, Dona Jacques morou com os avós em Piracanjuba e se envolveu com Sebastião, pai do Jacques, aos 15 anos de idade enquanto ainda estava na escola. Logo os dois ficaram noivos, mas acabaram não se casando na igreja da cidade como haviam planejado.
Um mês após o nascimento do filho, a família retornou para Piracanjuba, onde continuaram enfrentando uma situação financeira precária.
Sete anos depois, Dona Jacques se vê diante de um novo desafio: a separação e a criação do filho.
“Para conseguir viajar de um lugar para outro, eu ficava na beira da estrada pedindo carona, não tinha dinheiro para comprar passagem. Saí de Piracanjuba e morei em Caldas Novas, fiquei um tempo lá fazendo bicos de lavar roupas e o que aparecia. Daí fui para o Pará e voltei pra Piracanjuba onde fui contratada para limpar uma casa de ração. Quando o Jacques tinha uns 14 anos, meu cunhado conseguiu um emprego pra mim de camareira em um hotel de Goiânia. Aí mudamos para a capital”, contou Dona Jacques.
Em relação aos vídeos publicados em seu perfil (@donajacquesoficial), a humorista afirma que grava para se divertir e dividir o seu amor pelas plantas, animais e a vida simples da roça, além de aproveitar para compartilhar as situações comuns que acontecem no interior, como a relação entre vizinhos.