Cidades

Novo Plano Diretor de Goiânia entra em vigor

No dia 1º de setembro, após 180 dias desde a sua sanção, o novo Plano Diretor de Goiânia (PDG) entrou em vigor, o documento que estabelece regras para expansão e adensamento urbano, com impacto ambiental e na qualidade de vida da população para os próximos dez anos, foi sancionado, em março deste ano, pelo prefeito Rogério Cruz.

 

A área adensável e de desaceleração de densidade, onde é possível construir os maiores prédios da capital, passam a ser maiores e também é criada a área passível de Outorga Onerosa de Alteração de Uso (OOAU), localizada em parte da macrozona rural. Com isso, os proprietários das terras poderão requerer, via processo administrativo, a urbanização do local, sendo esta a expectativa de novos processos junto à Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh).

 

No entanto, mesmo com os seis meses desde a sua sanção, o PDG vai entrar em vigor sem a aprovação de nenhuma de suas quatorze leis complementares, como os Códigos de Obras e de Parcelamento e as leis de Atividade Econômica e Ambiental.

 

O que é o Plano Diretor?

Segundo Diego Amaral, advogado especialista em direito imobiliário, o Plano Diretor é uma lei municipal que orienta o crescimento e o desenvolvimento urbano de todo o município, “Elaborado com a participação da sociedade, é um pacto social que define os instrumentos de planejamento urbano para reorganizar os espaços da cidade e garantir a melhoria da qualidade de vida da população”, explica.

 

Ao todo, 12 leis do município vinculadas ao novo Plano Diretor estão em processo de atualização, tendo em vista regulamentar políticas, projetos e ações. Elas têm por objetivo trazer, de forma clara e detalhada, as regras inerentes a cada tema abordado pelo Plano Diretor.

 

“O novo Plano Diretor trouxe muitas mudanças e inovações no planejamento urbano, sobretudo em regras voltadas ao licenciamento de obras e edificações”, explica Diego Amaral.

 

O Código de Obras de Goiânia, uma das leis complementares do PDG, é um exemplo de legislação que será atualizado em função das mudanças trazidas pelo novo Plano Diretor. Estabelece diretrizes para aprovações de projetos, licenciamento de edificações e atividades edilícias, conforme definido pelas regras do controle, o licenciamento, a fiscalização e as penalidades inerentes às construções na capital.

 

O novo código também visa trazer melhorias na aprovação responsável e modelos modernos de licenciamento para municípios por meio da informatização, digitalização e autosserviço. Essas duas novas ferramentas garantem uma divisão de responsabilidades entre entidades públicas e profissionais técnicos qualificados, responsáveis pela documentação e execução  do projeto, além de uma emissão mais rápida e fácil de alvarás de construção.

 

Além do Código de Obras e da Lei de Atividades Econômicas, outras legislações devem ser submetidas à Câmara Municipal para apreciação nos próximos dias. Estão incluídos:

 

     Códigos de Postura e Parcelamento;

     Leis de Vazios Urbanos;

     Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC);

     Transferência do Direito de Construir (TDC);

     Estudos de Impacto de Trânsito e Vizinhança (EIV)

     Áreas de Especial Interesse Social (AEIS);

     Habitação de Interesse Social (HIS).

 

As minutas foram discutidas por meio de reuniões setoriais, de uma série de encontros transmitidos pela internet, intitulada Jornada de Debates, promovida pela Seplanh Goiânia, e de audiência pública promovida pela Prefeitura de Goiânia.

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