Heliponto para carros voadores pode influenciar no valor do metro quadrado de edifícios comerciais em Goiânia
A capital goiana se prepara para receber o primeiro heliponto para carros voadores. A montagem do primeiro protótipo do veículo está prevista para começar neste semestre, os testes estão previstos para o decorrer deste ano, e as primeiras entregas e a entrada em serviço estão previstas para 2026.
A Embraer, junto à sua subsidiária Eve Air Mobility, irá construir a primeira fábrica de montagem da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical eVTOL (sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem vertical) em Taubaté (SP). Esses veículos têm autonomia de 100 quilômetros e possuem asas fixas, rotores e propulsores. A máquina fará parte de um sistema semelhante aos aplicativos de transporte e empresas de táxi aéreo que promete reduzir as viagens no centro da cidade de uma hora para 15 minutos.
A modernidade relacionada às novas tecnologias é cada vez mais comum. Em Goiânia, por exemplo, já existem prédios com elevadores especiais que permitem o estacionamento de veículos dentro do apartamento; edifícios diferenciados, como skylines com vista panorâmica da cidade; locais comerciais com pequenos helipontos para aeronaves; além de edifícios com abastecimento movidos a energia solar.
A construtora responsável já anunciou que vai trazer a facilidade a quem puder pagar pelo empreendimento. Segundo Diego Amaral, advogado especialista em direito e mercado imobiliário e diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OAB, por mais que seja algo esperado só para 2026, já é uma tendência no mundo extremamente tecnológico em que vivemos, e os edifícios que fomentam tais tecnologias já estão começando a trabalhar desde agora na construção. Ou seja, antecipam uma necessidade que haverá no futuro.
Não há dúvida de que o interesse pelo projeto é grande, e a instalação promete gerar grande impacto no valor do metro quadrado dos imóveis, com o heliponto de carros voadores. “Esta empresa antecipa a situação de tal forma que quando estiver em utilização, ela já desfrutará do ganho de interesse da população por tal tecnologia e possibilidade. Outras empresas que não estão tão atualizadas assim, se quiserem, terão de correr atrás para poderem também fazer a diferença em seus projetos. Para essa viabilidade, por exemplo, em relação ao heliponto para carros voadores, terão que fazer todos os investimentos necessários, buscar licenças, para então poderem usar da prerrogativa em seus projetos. Isso inevitavelmente afeta o valor do metro quadrado daquele empreendimento que já possui tal previsão.”, acrescenta Diego.
Goiânia, segundo o primeiro estudo sobre a evolução do valor do metro quadrado de imóveis novos, realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), com dados da plataforma GeoBrain, em janeiro deste ano, se tornou a cidade com maior valorização do preço dos imóveis por metro quadrado entre as capitais brasileiras pesquisadas.
Segundo o relatório do Índice FipeZap, Goiânia lidera entre as capitais que mais tiveram alta. O valor médio de venda de imóveis novos por metro quadrado na capital aumentou 1,61% no mês de janeiro, saltando de R$ 7.096 reais para R$ 8.205 reais.
“A busca por imóveis de qualidade na região da capital se acelerou ainda mais após a pandemia, quando mais investimentos começaram a ser feitos no mercado imobiliário. Foi quando as pessoas começaram a querer viver melhor, uma espécie de cultura de poupança que se transformou numa cultura de prazer. Então começaram a querer mais espaço, a procurar mais tecnologias, e claro que começaram a ser mais exigentes”, finaliza o especialista.