Acordo de sócios: entenda a importância dessa ferramenta
As relações entre as pessoas são difíceis não só na vida particular, mas também nos negócios, por exemplo entre sócios de uma empresa. Dentro de uma empresa é possível realizar um contrato específico sobre as regras operacionais das relações entre sócios, no chamado acordo de sócios. Através dele é possível definir como funciona o relacionamento entre parceiros, e também prever ações em caso de dificuldades. É uma segurança adicional para a empresa e os acionistas.
Segundo Melina Lobo, conselheira de administração e advogada, o objetivo de um acordo de sócios é buscar uma pactuação entre os sócios que define os detalhes da relação entre eles, que é determinada pelo contrato social.
Podem ser dados exemplos de aplicabilidade, tais como: prever como serão as reuniões dos sócios; horário que antecede à convocação da reunião; quem tem direito a voto e quem pode participar da reunião. Caso o acionista deseje sair da empresa, o contrato também deve definir como será esse procedimento, a disposição de pagar pelas ações, as opções de compra e venda das ações e indenizações, entre outras particularidades sobre cada empresa e seus sócios.
“O acordo de sócios também deve conter condições para resolver possíveis divergências que possam atrapalhar a relação societária”, acrescenta a advogada.
Qual a importância do acordo de sócios?
Todas essas especificações são necessárias para um relacionamento transparente e seguro entre os parceiros. “O acordo de sócios deixa a parceria empresarial muito mais sólida e preparada para possíveis contratempos que possam ocorrer durante a vida da organização e é essa base sólida que cria valor para a empresa e lhe dá forças para o crescimento”, afirma Melina.
O trabalho contínuo com esta ferramenta define e valida os parceiros quanto às suas responsabilidades e limites de participação, evitando ruídos no relacionamento.
Isso pode ser explicado diante de possíveis situações críticas, pois o acordo contém soluções conhecidas por todos, que dão mais garantias à empresa e evitam o seu colapso, o que não interessa nem aos sócios, nem à empresa.