Somos todos filhos únicos
Você já se perguntou por que irmãos, muitas vezes filhos dos mesmos pais, são tão diferentes uns dos outros? Será que a diferença está no material genético herdado por cada um deles?
Os bebês recebem cópias de genes tanto do pai quanto da mãe, mas os genes herdados por um filho não são os mesmos recebidos pelo irmão. Alguns deles se revelam na aparência física e até mesmo gêmeos podem ser bem diferentes fisicamente um do outro.
É comum vermos filhos reclamando com frequência a seus pais por não terem recebido os olhos do irmão mais velho ou os cabelos da irmã mais nova.
E ainda há aqueles irmãos parecidos fisicamente, porém muito
diferentes na forma de ser e existir no mundo. Acontece inclusive com gêmeos univitelinos.
A ciência tem estudado essa herança genética há anos e registra que ela pode se apresentar em características físicas como uma marca de nascença, mas também na estrutura óssea e em doenças genéticas que podem estar gravadas no DNA, entre outras.
Na população brasileira, que é altamente miscigenada, é comum os pais possuírem diferentes ancestralidades e repassarem essa herança genética para um ou mais filhos.
A ciência também revelou que os estímulos ambientais podem ativar determinados genes e silenciar outros. O estudo da epigenética auxilia a entender como o ambiente é capaz de operar transformações profundas no organismo.
No campo da subjetividade, também avançamos no sentido de destacar a nossa forma singular de estarmos no mundo e sermos construídos como sujeitos. Nossos sentimentos, reações e percepções são únicos, como lentes exclusivas pelas quais enxergamos tudo o que ocorre ao nosso redor.
A junção desses estudos (DNA, epigenética e constituição subjetiva) nos proporciona uma novíssima visão tridimensional que nos auxilia a reconhecer as diferenças e semelhanças entre irmãos e a evitarmos comparações.
Assim somos despertados para a compreensão de que somos todos filhos únicos!